Por vezes quanto mais perto,
Mais distantes nos sentimos.
Nosso lar parece um deserto,
Nem tão pouco nos sorrimos.
Estamos de tal maneira habituados
A viver a mesma situação,
Que passamos o tempo calados
A cantar a mesma canção.
É no silêncio que encontro
O meu querido aliado.
Atrás dele minha solidão escondo,
Meu coração se sente amparado.
Mas quando muito só eu me sinto,
Pego numa caneta e num papel.
Assim a solidão eu finto,
E à imaginação tento ser fiel!
[Dora Coimbra]
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