31 janeiro, 2011

«Olhos não vêem, coração não sente» .... Tretas!!!!

Reflexão da alma

Reflexão profunda para onde me levas? Para onde me guias?

Idas e vindas, palavras trocadas, emoções partilhadas num momento em que tudo tenho e em que noutro tudo me foge (em vão). Desejos incessantes, sonhos escondidos levam-me para longe. Longe do que é meu, longe do que me pertence.
Um dia tentei encurtar-te!
Aproximar-me, ficar, construir.
De nada isto vale, quando meu maior desejo é partir.
Tudo me apaixona, tudo me completa ao mesmo tempo que nada me satisfaz. Serei exigente?
Quero ir, mas levar-te comigo! Levar o que me pertence na aventura que é a minha vida. Aqui, ali ou no outro lado do mundo. Sinto que pertenço onde não estou. Sinto-me tão livre e tão presa. Pergunto-me se o preço desta liberdade que tanto anseio é justo? Minha gente, minhas raízes, minha cultura, minhas relações, minha estabilidade… tudo se distancia e se estreita. Tudo precisa de alimento, o qual não pode ser comprado ou roubado, mas dado todos os dias, continuamente.
Sinto que muito já ganhei, mas que tanto também já perdi.
Valeu a pena? Diria que sim.
Continuará a valer? Não sei.

RN

30 janeiro, 2011

Apenas palavras...

Posso chamar-te luz ou guia! Inspiração ou respiração! Paixão ou Amor! Verdade ou Vida!
Mil e uma palavras podem estar no lugar do que sinto ou (não) quero, mas o importante é que seja qual for a minha escolha, vai sempre dar-me sorrisos e tristezas.
Afinal não existe perfeição!

RN

Pensamentos...

«(...) Mesmo quando sinto uma imensa preguiça, ou saudade de casa, depois de dar o primeiro passo, sou arrebatado pelo sentido da viagem (...) dou-me conta de que jamais poderei chegar aonde quero se ficar sempre no mesmo sítio. Só consigo conversar com a minha alma quando estamos nos desertos, nas cidades, nas montanhas, nas estradas.»

[O Aleph, Paulo Coelho]


Como me revejo nestas palavras...

Pensamento do dia

«Descobri que a leitura é uma forma de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?»

[Fernando Pessoa]

24 janeiro, 2011

Pensamentos...

Perco-me no tempo.
Perco-me em pensamentos. Soltos, perdidos, mas que a mim pertencem.
A tal vontade surge novamente. Escrevo.Pinto esta folha como se fosse uma tela. Preencho este branco com tinta permanente. Tão permanente como este sentimento que não me abandona. Persiste!
Sentimentos fingidos refugiam o que de mais puro sufoca meu coração. Vai e volta, mas exige que assim viva. Age como se fosse a luz ou o ar que preciso para respirar.
Tão profundo, tão belo! Entro novamente nesta esfera, neste mundo colorido que tanto me apaixona e me faz sorrir.
O medo controla a minha (in)segurança quando por estas ruas escuras caminho.
Agarra minha mão! Leva-me... e dá-me o que a ti te dou.

RN

21 janeiro, 2011

«Life is a song, love is music»
[A.D.]

Inspiração minha...

Inspiração onde estás tu? Sinto a vontade, a necessidade de te ter outra vez. Quero-te!
Preciso de sentir de novo.
Ver o mundo da tal forma que só tu me permites: colorido, sem guerras, dor ou tristeza. Sentir a tal brisa que arrepia meu corpo. Tocar o impossível com as minhas (pequenas) mãos. Contigo, para mim, tudo é possível!
Sinto-me capaz de dizer que te quero pertinho de mim como uma luz que me guia. Só tu me podes guiar e dar-me o que preciso para respirar: sentir!
Preciso sentir-te, inspiração!
Preciso que me cales estas lágrimas silenciosas, que parecem gritos de uma multidão eufórica. Tudo parece tão contraditório, assim como as tuas idas e vindas que me fazem perder o equilíbrio de ser. Tens o dom de confundir minha alma. Fico sem saber se te devo sentir ou se é mais certo apenas te sorrir.
Perco-me em pensamentos soltos e confusos, mas que te procuram erradamente, Inspiração Minha!

RN

Noite fingida

Tremenda noite que chegaste, abraçaste-me, envolveste-me e abandonaste-me.
Passado cruel marcado por dores profundas e lágrimas constantes. Amargura e dor foi o que deixaste… soubeste iludir, fingir, mentir… e tão bem!
Entreguei-me a ti, noite, e tu desprezaste o que te dei, mostrando não te importares. Levaste tudo a que a mim pertencia. Pior! Levaste o meu sorriso, o meu amor, a minha força… E deixaste esta dor, esta amargura e tristeza que um dia a ti te abraçarão.
Não brinques com o que não te pertence, não recuses o que te oferecem sem qualquer interesse negro. Isso é o que de mais puro podes ter.
Noite, não finjas ser quem não és.

RN

04 janeiro, 2011

A reflectir...

«A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.»

[Carlos Drummond de Andrade]

Imperfeição...

Sinto-me um vulcão adormecido: cheio de sentimentos abafados, palavras retidas e gritos perturbantes. Atitudes correctas, outras nem tanto. Não sou perfeita, nem o tento ser, apenas tento agir como a humana que sou, o que por vezes implica actos menos correctos ou pensados.

RN

«Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói»
[Augusto Cury]

Há dias assim...

Há dias que não são dias.
Há dias que me apetece ser nada, fugir sem destino à procura de algo que por aqui não encontro. Há dias que as lágrimas são mais fortes que a vontade de sorrir. Há dias tão complicados, tão longos que o sofrimento implícito vence a vontade de querer ser feliz.
As lágrimas que percorrem meu rosto marcam a tristeza retida no meu peito. Há coisas inexplicáveis, coisas sem razão que dificultam em dobro o dia-a-dia. Enorme é a luta, inúmeras são as tentativas para alcançar, conseguir, vencer e viver. Mas tudo muda, tudo se aproxima e se distancia. Coisas que podemos melhorar muitas vezes são por nós desperdiçadas pelo medo de tentar, pelo medo de querer, pelo medo de viver. Outras, que a nós não nos cabe, são tão desejadas, sonhadas e ambicionadas… mas infelizmente em vão, ou não fosse impossível controlar o impensável.

Feliz de tentar, cansada de não conseguir!

RN

03 janeiro, 2011

«Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.»

[Agatha Christie]