17 setembro, 2011

«Feel the fear and do it anyway.»
[Susan Jeffers]

Pensamento do dia

A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.

[Massimo Bontempelli]

Nas profundezas...

Procuro-te!
Procuro-te em cada onda! Toda a onda que nasce, cresce e morre de uma forma estrondosamente mágica. 
Mergulho, abrindo os olhos na esperança de te ver nas profundezas mais puras da vida. Mas não te encontro.
Subo e, num ápice, sou enrolada, levada por uma corrente tão forte, que me abraça, acarinha e me consola.
É a minha onda! Aquela que sempre me procurou. Levou-me, e nunca mais voltei.
Escrevo, hoje, numa cristalina pedra, que no fundo deste meu mar encontrei.

RN

15 setembro, 2011

The Greatest


Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Melt me down
Into big black armor
Leave no trace of grace
Just in your honor
Lower me down
To culprit south
Make 'em wash a space in town
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
Two fists of solid rock
With brains that could explain
Any feeling

Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Cat Power

07 setembro, 2011

«O meu momento»

Arrepiada. Gélida por fora, cálida por dentro.
Que momento frio e relaxante. Denomino-o de «O meu momento». Se o pudesse pintar, retrataria uma praia vazia com a areia húmida e fria. O céu seria de um tom alaranjado, deixando-se penetrar por um rosa vivo apaixonante. No lado oposto, já mais escuro, a lua iluminaria todo este cenário com uma luz tão pura e brilhante, que o mar pareceria estar coberto de cristais.
As lágrimas por fim escorrem, uma a uma, como se existisse ordem de saída. Precisava deste momento. Eu, só. Apenas eu.
Sinto-me tudo aquilo que nunca fui. Procuro-me e não me encontro.
Tantos sentimentos e revoltas me transformaram. Sem rumo, o egoísmo invoca esta praia só para mim, onde apenas o mar entrelaçado no seu imenso horizonte me entende com um simples tocar.
Tira-me esta fragilidade! Tira-me tudo o que tenho e leva-me contigo!
Mas fiquei. E o tudo comigo ficou.

RN

Megulhada numa farsa

Só escrevo quando me dá vontade de o fazer (odeio obrigações!). Daí tanto tempo ausente.
Ausente do blog, ausente da caneta, ausente da vida. Mergulhada num sonho que estava embrulhado num pesadelo.
Devíamos conduzir a nossa vida de acordo com as nossas vontades. Mas vontades sinceras, vindas do coração.

Uma só vida! Uma só vida que deve ser vivida ao máximo com um sorriso nos lábios e outro no peito. Tantos são os limites, tantos são os obstáculos que temos pela frente, que a vontade de sorrir acaba por se esvaecer. Pergunto-me, de entre tantos sorrisos com que me cruzo num só dia, quantos serão verdadeiramente sinceros? Quantos demonstrarão a pureza de um sorriso feliz?
«Sorri que faz bem à alma e ao coração», lá diz a velha expressão. E faz! Mas apenas por breves momentos (que se podem tornar deliciosos, é verdade).
Numa vida comandada por otários e ladrões, o máximo que se consegue é sorrir, mostrando os dentes. Engana-se amigos, inimigos e a quem nada nos diz. Viver assim é uma farsa. Finge-se sorrir, finge-se viver.
Sorrir por sorrir não é Sorrir. 

RN