10 agosto, 2010

Sem chão...



Sentimentos fortes e confusos abalam o meu coração e consomem os meus olhos.
Neste lugar onde há tempos estivera, a calma e a beleza inerentes a esta linda paisagem enchem-me novamente de força.
Não consigo parar de pensar, de imaginar e de sentir. A minha vida parece um puzzle. Um puzzle com milhares de pequeníssimas peças de tal forma misturadas que parece não haver ordem possível. Tanta coisa mudou. Que reviravolta inesperada. Sinto-me sem chão. Sinto que perdi os meus alicerces. Onde me devo apoiar? Para onde devo caminhar? Estou perdida num mundo em que as dificuldades e as injustiças insistem em imperar.
Momentos de dor, tristeza e medo têm preenchido os meus dias. Que dor. Dói-me tanto! Sinto que tudo o que conquistei se está a desvanecer. Tudo se resume a Carpe Diem. Como esta expressão faz, hoje, sentido. Inúmeras questões entopem meu pensamento: Que rumo tomar? Que estratégia adoptar? Que fazer? Que pensar? Não sei! Não sei! Não sei! Que frustração! Não tenho outra resposta se não esta. Vejo tudo fora de controlo. Sinto-me incapaz de lutar contra o inevitável.
Lá estou eu a divagar… os meus pensamentos reflectem a desordem que se instalou na minha vida. Sinto-me diferente. Sinto tudo distante. Sinto o mundo tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
Preciso de férias desta angustiada fase. Sonho com o dia em que acordo e, finalmente, tudo volta a ser como antes. A diferença estaria na forma como iria aproveitar cada pessoa e cada momento. Seria tudo tão vivido, vivido como se fosse o último minuto da minha vida.
Só se aprende quando se erra, quando se vive. Mas a tristeza é tão forte quando a consciência nos lembra que é tarde para voltar atrás. Mais um vez agarro nas palavras de António Feio «Aproveitem a vida e apreciem o momento», nunca deixando nada por dizer e/ou fazer. Que sábias palavras.

RN

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