16 março, 2011

Há dias...

Há dias em que tudo me parece cinzento. Em que simples gestos, sorrisos me soam a uma nota tão alta de falsidade que me devasta a alma. Tratar-se-á de um jogo de interesses ou de puro cinismo?
Talvez seja uma mera impressão... ou não.
Há dias em que vejo tanto e nada em simultâneo. Este paradoxo rompe qualquer elo de ligação entre mim e este mundo atroz.
Há dias em que sinto tanta falta (tua). Falta de um passado vivido e que hoje parece sonhado. Sem qualquer marca física, não tenho forma de provar ao mundo que foi real. Mas que importância tem isso, se só eu sei o tamanho e a intensidade das marcas que (ainda) permanecem neste coração devastado.
Meu peito age como um vulcão cheio de lava ardente que aguarda uma razão para explodir, gritar e acalmar. A destruição consequente pode ser fatal, mas que inevitavelmente causará mudanças. Mudanças em mim e no mundo que me rodeia.
Talvez me ofereça um sorriso novo, mais brilhante e verdadeiro.

Há dias que não parecem dias.

RN

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