07 setembro, 2011

«O meu momento»

Arrepiada. Gélida por fora, cálida por dentro.
Que momento frio e relaxante. Denomino-o de «O meu momento». Se o pudesse pintar, retrataria uma praia vazia com a areia húmida e fria. O céu seria de um tom alaranjado, deixando-se penetrar por um rosa vivo apaixonante. No lado oposto, já mais escuro, a lua iluminaria todo este cenário com uma luz tão pura e brilhante, que o mar pareceria estar coberto de cristais.
As lágrimas por fim escorrem, uma a uma, como se existisse ordem de saída. Precisava deste momento. Eu, só. Apenas eu.
Sinto-me tudo aquilo que nunca fui. Procuro-me e não me encontro.
Tantos sentimentos e revoltas me transformaram. Sem rumo, o egoísmo invoca esta praia só para mim, onde apenas o mar entrelaçado no seu imenso horizonte me entende com um simples tocar.
Tira-me esta fragilidade! Tira-me tudo o que tenho e leva-me contigo!
Mas fiquei. E o tudo comigo ficou.

RN

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