07 setembro, 2011

Megulhada numa farsa

Só escrevo quando me dá vontade de o fazer (odeio obrigações!). Daí tanto tempo ausente.
Ausente do blog, ausente da caneta, ausente da vida. Mergulhada num sonho que estava embrulhado num pesadelo.
Devíamos conduzir a nossa vida de acordo com as nossas vontades. Mas vontades sinceras, vindas do coração.

Uma só vida! Uma só vida que deve ser vivida ao máximo com um sorriso nos lábios e outro no peito. Tantos são os limites, tantos são os obstáculos que temos pela frente, que a vontade de sorrir acaba por se esvaecer. Pergunto-me, de entre tantos sorrisos com que me cruzo num só dia, quantos serão verdadeiramente sinceros? Quantos demonstrarão a pureza de um sorriso feliz?
«Sorri que faz bem à alma e ao coração», lá diz a velha expressão. E faz! Mas apenas por breves momentos (que se podem tornar deliciosos, é verdade).
Numa vida comandada por otários e ladrões, o máximo que se consegue é sorrir, mostrando os dentes. Engana-se amigos, inimigos e a quem nada nos diz. Viver assim é uma farsa. Finge-se sorrir, finge-se viver.
Sorrir por sorrir não é Sorrir. 

RN

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