31 janeiro, 2011

Reflexão da alma

Reflexão profunda para onde me levas? Para onde me guias?

Idas e vindas, palavras trocadas, emoções partilhadas num momento em que tudo tenho e em que noutro tudo me foge (em vão). Desejos incessantes, sonhos escondidos levam-me para longe. Longe do que é meu, longe do que me pertence.
Um dia tentei encurtar-te!
Aproximar-me, ficar, construir.
De nada isto vale, quando meu maior desejo é partir.
Tudo me apaixona, tudo me completa ao mesmo tempo que nada me satisfaz. Serei exigente?
Quero ir, mas levar-te comigo! Levar o que me pertence na aventura que é a minha vida. Aqui, ali ou no outro lado do mundo. Sinto que pertenço onde não estou. Sinto-me tão livre e tão presa. Pergunto-me se o preço desta liberdade que tanto anseio é justo? Minha gente, minhas raízes, minha cultura, minhas relações, minha estabilidade… tudo se distancia e se estreita. Tudo precisa de alimento, o qual não pode ser comprado ou roubado, mas dado todos os dias, continuamente.
Sinto que muito já ganhei, mas que tanto também já perdi.
Valeu a pena? Diria que sim.
Continuará a valer? Não sei.

RN

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